segunda-feira, 28 de março de 2011

O Cantinho do Dr Edward Bach - V


6. O manuscrito CURA-TE A TI MESMO

Bach desenvolvia a sua teoria dos tipos e continuava procurando outros remédios. De Betws-y-Coed, em Gales, resolveu cruzar para a costa em Abersoch onde permaneceu nos meses de junho e julho de 1930. Continuava desenvolvendo o método solar, e entre suas caminhadas nos campos e passeios na praia, produzia quase que sempre ao ar livre, o manuscrito do livro que introduziria a nova medicina: “Cura-te a ti mesmo”.
Em seu livro, ele deixaria todo o resultado de suas observações sobre o ser humano explicando seus conceitos de saúde e doença, além dos princípios que regem o processo de recuperação da saúde. Explicava: “as doenças que atingem o corpo não tem causas no físico, mas em distúrbios de humor ou estados da mente que interferem na alegria, que é natural em qualquer pessoa.” Quando esses humores persistem, acabam levando a distúrbios no funcionamento dos órgãos e tecidos, resultando na instalação da doença, pois a mente está em controle absoluto das condições físicas e mentais de todo ser humano. À medida que a mente recupera a paz e a alegria normais, a pessoa também recupera o sábio e perfeito controle natural sobre o corpo, recuperando seu estado saudável e alegre. Os remédios florais teriam “o poder de elevar nossas vibrações e assim nos conceder um poder espiritual que limpa a mente e o corpo e cura a doença.”
Bach sabia ser o Homem “dotado de toda sabedoria e conhecimento necessários para guia-lo através da sua vida terrena com felicidade, alegria e saúde, sendo que essa sabedoria chega a ele através de sua intuição e instinto.”(Nora Weeks).
Segundo N.Weeks, Bach era totalmente guiado por intuição, até mesmo na sua vida pessoal. “Natural, espontâneo, não se deixava levar por circunstâncias ou por outras pessoas.”
Julian Barnard
Julian Barnard em seu livro Bach Flower Remedies – The Essence Within”,lança uma pergunta e em seguida a responde: “Como Dr.BACH fez suas descobertas ou como ele soube quais flores seriam a solução para cada estado emocional especificamente?” “Diante dessas questões muitas respostas diferentes podem ser dadas. Às vezes é como se algum anjo do bem ou outro ser desencarnado estivesse sussurrando ao seu ouvido dizendo o que ele devia procurar. E por que não? Isto se chama canalização e muitas pessoas têm essa experiência. Mas talvez Bach, apesar de sua prática em medicina não fosse um homem a favor da abordagem física médica. Então, uma vez mais as pessoas dirão: ele era um sensitivo que só precisava por as suas mãos sobre uma flor e sentiria exatamente quais seriam suas qualidades curativas. Bem, para os sensitivos essas coisas sem dúvida acontecem: é possível sentir a forte qualidade vibracional da planta e reconhecê-la, dar a ela atributos, formatos, palavras, e assim ocorria. “Mas Bach, cuja prática era a de um cientista trabalhou com base em observações científicas sobre suas suspeitas.” Ele era seu próprio laboratório.” (por Julian Barnard)
Dr.Bach continuava suas andanças, como uma forma de meditação com o objetivo de buscar as flores para seus novos remédios. Sua sensibilidade crescente lhe permitia perceber as vibrações emitidas por qualquer planta que quisesse testar e seu corpo reagia instantaneamente, pelo simples fato de segurar na mão uma pétala de flor. Experimentava as gotas de orvalho para descobrir o que elas tinham de curativo e sentia as reações, alguma leves, mas outras mais sérias como vômitos, febre, dores, erupções.
Quando seu manuscrito ficou pronto, Bach o levou a Londres com a intenção de encontrar algum editor para publicá-lo, mas nenhum quis assumir a responsabilidade pelo livro, pois suas ideais eram revolucionárias de mais. Estava praticamente falido a essa altura e não podia bancar a impressão. Ficou aborrecido, pois seu objetivo como sempre era divulgar suas descobertas o mais rápido possível para que as pessoas pudessem ser beneficiadas.
Cromer - Norfolk
Sua sensibilidade tornava difícil a sua vida em Londres, pois o barulho e a agitação lhe exauriam a ponto dele adoecer. Importante lembrar que Bach via na alegria um indicador de uma vida em plenitude, sendo "a felicidade o resultado da obediência aos comandos da Alma – nosso Eu Superior que recebemos por intuição e instinto". Portanto, dizia, “A infelicidade atrai crueldade , ciúmes, baixo auto estima , instabilidade, ignorância, orgulho e ódio – causas das doenças- enquanto a felicidade atrai o oposto: doçura, força, coragem, firmeza , sabedoria , paz e amor”.
Assim, Bach deixou de lado o manuscrito e voltou para a paz do campo, na certeza de encontrar novos remédios e prepará-los pelo método solar de potencialização.
Em agosto de 1930 Bach tinha-se fixado na costa leste da Inglaterra, em Cromer, no condado de Norfolk, a beira mar, juntamente com a assistente Nora Weeks. Nessa etapa de seu trabalho estava concentrado na classificação dos humores. Por se tratar de um local de veraneio, em Cromer Bach teve a oportunidade de observar pessoas saudáveis (em contraste com aquelas que frequentavam seu consultório ou que ele havia tratado nos hospitais de guerra), e conseguiu obter muitos dados que confirmaram suas suspeitas. Neste local desenvolve a teoria dos tipos definindo com segurança seus 12 grupos.
Sempre que podia, voltava para Cromer.

Férias em Cromer
Até a próxima !

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