Antes mesmo das agulhas da acupuntura existirem, já existia a Sabedoria
Oriental com a idéia de que no ato do nascimento, o Jing (energia ancestral,
herdada) transforma-se em Qi
(energia) para movimentar nosso organismo físico, dando vida ao nosso corpo
(físico). Dessa forma nossa Mente (Shen)
é iluminada e animada para garantir a condição de manter a Energia (Qi) em movimento, mantendo a integridade e a boa saúde do individuo. Jing (Essência), Qi, e Shen (Mente) são chamados de os “Três tesouros” (San Bao), e correspondem ao Céu (Mente-Shen), Pessoa (Qi) e Terra (Essência-Jing).
Ao observar o Shen de uma pessoa, sabemos
se ela é saudável e feliz. Para observar o Shen, basta olhar no rosto da pessoa: ele estará sereno, saudável,
com brilho e atenção naturais no olhar.
Quando a Energia
(Qi) é capaz de fluir livre e constantemente, a Mente (Shen) é capaz de manter-se equilibrada. As experiências do
cotidiano são vivenciadas e as várias emoções são percebidas com serenidade, os
problemas são enfrentados com sabedoria e cada tropeço é encarado como
oportunidade de aprendizado e crescimento. Tudo isso acontece de forma Natural,
assim como todos os fenômenos da natureza.
Os antigos chineses tinham consciência dessa forma
natural de ser e sabiam que, como seres da natureza que eram (como plantas e
animais) deviam respeitar e respeitavam os ciclos do ambiente onde viviam,
observando dia e noite, frio e calor, seco e molhado, adaptando-se a todas
essas condições para preservar seu bem estar. Dessa forma, as agulhas não eram
necessárias, pois eles não ficavam doentes. Mas condições de guerra se
impuseram entre povos, a natureza deixou de ser respeitada. O fluxo da energia
no corpo do homem passou a sofrer estagnações e desgaste, o Shen (Mente) não pode ser devidamente
alimentado e assim não pode controlar devidamente as emoções. Assim se
instalaram as doenças.
Então, os sábios chineses passaram a utilizar as
agulhas para influenciar o fluxo da Energia
(Qi) no corpo em busca do restabelecimento do autocontrole, curando ou
evitando que as doenças se instalassem no corpo. Mas sempre se basearam nos
ciclos da natureza que regem o fluxo de Energia
(Qi) nos ambientes externo e interno dos seres naturais.
Volto a dizer que ao observar o Shen (Mente) de uma pessoa, sabemos se ela é saudável e feliz. “Você é feliz?”, perguntava
Dr.Bach a cada paciente que o procurava. Ser feliz para ele significava ter boa
saúde. A pessoa saudável é bela, porque é integra, vibra e tem luz. Dr. Bach nos ensinou que um indivíduo inteiro
(integro) é aquele cuja matéria (seu “eu material” ou “eu terreno”) é animada
por uma energia chamada Alma,
trazendo a vida, o movimento e o calor e que vem alimentada por uma energia
mais sutil vinda do alto, trazendo a Luz e a Sabedoria que está estocada no Eu Superior de cada ser. Trata-se do
nosso Eu Divino.
Nós, seres humanos, temos a missão de unir o céu e
a terra. Assim, quando fazemos a conexão do eu terreno com o Eu Superior,
estamos cumprindo nossa missão. Essa conexão é facilmente observada quando nos
sentimos felizes, seguros, plenos. A Alma
é a Energia (ou Qi) que faz essa
conexão.
Na prática: sei o que fazer, sei o que pensar e falar no momento certo
com as palavras certas e tudo acontece de forma perfeita, tudo dá certo, flui,
quando se está conectado com o Eu
Superior.
Entretanto a desconexão, ou seja, quando a energia da alma não
consegue fluir e manter essa conexão com o Eu
Superior, perdemos o potencial nato de sabedoria e poder divinos. Isso nos
causa sofrimentos que, a princípio são emocionais, mas que acabam por se
aprofundar no corpo físico até alterar o estado de saúde de nossas células,
moléculas e elétrons, causando doenças, imperfeições, alterando o funcionamento
do organismo. Ficamos fora da Perfeita Ordem Divina.
Dr. Bach dizia: “A doença nunca será curada
nem erradicada pelos médicos materialistas dos tempos atuais, pelo simples fato
de que em suas origens, ela não é material.” O Shen (Mente), então,
mostrará que a saúde se foi e a doença se instalou.
Mas, "a Doença em
si... é única e puramente corretiva; nem vingativa nem cruel. É o
meio adotado pelas nossas próprias almas para mostrar-nos os nossos erros...”
Assim explicou Dr.Bach, que a doença é um aviso, é a forma que nossa Alma tem de nos mostrar que estamos
fora de prumo e de rumo. Avisa-nos, alerta-nos para que possamos retomar nossa
conexão com o Eu Superior,
restabelecendo nossa Luz, nossa saúde, iluminando o Shen (Mente) e devolvendo a alegria de viver.
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