Os Florais são preparados com belas e inofensivas flores,
cuidadosamente selecionadas por Dr. Bach. Ao vê-las ficamos encantados com sua
beleza e seu perfume e não paramos para pensar nos elementos necessários para
sua existência e sobrevivência. Recordando, são eles: terra, água, sol, ar,
além da ação polinizadora da abelha, chamada de “animadora” essencial da
natureza. Essa ação é colaborada por outros elementos da natureza, tais como o
vento, outros insetos (formiga, mosquito, borboleta, traça, aranha...) e como
veículo das sementes o coelho, os pássaros...todos numa simbiose necessária e
perfeita. Além do alimento que nos fornece (mel, própolis ou geleia real...) as
abelhas contribuem pela polinização com a sobrevida e a evolução de
aproximadamente 80% das espécies de plantas com flores no planeta. Sem essa ação
polinizadora milhares de plantas não poderiam reproduzir e desapareceriam,
comprometendo assim a vida animal, incluindo a vida humana. Provavelmente
abelhas e plantas com flores nasceram juntas, vivendo numa simbiose perfeita.
As abelhas também nos deixam o exemplo perfeito de organização e sobrevivência.
Elas se unem ao redor de uma rainha para formar uma colônia: a rainha libera um
hormônio, que é comunicado ao conjunto da colmeia, formando um “ninho”, sendo a
rainha o elemento central e a seu lado todo o trabalho das demais abelhas. A
colmeia utiliza uma forma de linguagem que coordena diversos tipos de sinais:
táteis, químicos e vibratórios, decorrendo daí atividades bem ordenadas, formando
um microcosmo, no qual cada abelha tem sua função estabelecida, tendo como
diretriz a cooperação mútua: a nutriz que mima em favor da progenitora, a
guardiã que controla a entrada da colmeia e a forrageira que controla a entrada
do pólen ou do néctar, conforme as necessidades da colônia. Essa partilha de
tarefas permite viver e expandir-se.
Julian Barnard, em seu livro: “Remédios Florais de Bach-
Forma e Função” descreve detalhadamente a signatura das plantas utilizadas no
preparo dos florais e em diversas constatamos a simbiose dessas com as abelhas. Como exemplo, citamos o IMPATIENS,


Na pagina 168 do referido livro, Julian Barnard transcreve a
experiência de três horas vivida e relatada por Dr. Bach, no preparo da
essência HEATHER. “Esta manhã o dia
estava tão bonito. O céu estava intensamente azul e Heather com sua cor púrpura
brilhante... Ninguém estava lá...havia alguns pôneis selvagens, a ovelha
sozinha , um casal de corvos “grasnando” um para o outro. Lentamente, conforme
fui me aquietando, a tranquilidade tornou-se imensa... A alegria tranquila de
estar ali era muito forte ... senti que aquele remédio era para a unificação...
As abelhas que estavam apinhadas nas flores de Heather sabiam como serem elas
mesmas por causa do espírito comum das abelhas”, do qual elas fazem parte. Elas
voam vale abaixo atraídas pelo aroma de Heather, coletam o pólen e o néctar dos
milhões de flores e, sem falhar,navegam de volta para casa. Elas conhecem seu
propósito dentro deste espírito e o vivencia. Mas há muitas outras vidas
igualmente complexas e com seu espírito”.
Ele cita o movimento da aranha, dos
mosquitos, dos pássaros, da cotovia. “Eles representam o espírito da liberdade que
vive selvagem e distante. Muitos de nós, eu acredito, conhecem essa experiência,
essa alegria que podemos sentir num lugar como esse. Mas, ao mesmo tempo em que
eu percebi que as plantas, os insetos e os pássaros estavam conectados aos seus
próprios espíritos e conheciam sua natureza, eu percebi que os seres humanos,
com frequência, não estavam. Parece que algumas pessoas fracassam em entrar em
contato com esse espírito em si mesmas e por isso sentem-se perdidas e
confusas. Essa é a mensagem de Heather. O estado negativo de Heather é essa
sensação de isolamento, solidão, de ser incapaz de suportar o espaço intocado e
aberto da alma”....
Para essa “criança carente”, que depende da atenção e
afeição dos que a rodeiam, o Heather trará a sensação de voltar para casa
e se sentir que não está sozinha, que ela é amada, trazendo-lhe o senso de
unidade, de pertencer a algo maior sem fronteiras e limites, transformando-se
em adultos capazes de dar, atenciosa com as pessoas a envolver-se com aquilo
que precisa ser feito.
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