3. A formação acadêmica e a carreira médica.
University College Hospital em Londres |
Ele não gostava da vida urbana e ficava atordoado com os barulhos da cidade. Sua dedicação aos estudos o privava do contato com a natureza que ele tanto amava. Sonhava sempre com a vida calma do campo e a beleza das árvores, animais e flores. Chegava até a evitar os passeios nos parques londrinos porque sentia que a força da Natureza poderia chamá-lo e ele não queria se distrair de seu trabalho. Não imaginava que era justamente esse amor à Natureza que iria guiá-lo de encontro ao poder de cura das flores silvestres. Sendo assim, confinava-se nos hospitais e nos laboratórios para aprender e se aprimorar cada vez mais, sempre com o desejo de encontrar uma forma de aliviar o sofrimento das pessoas. Essa era sua obstinação.
Apesar do auxilio monetário de seu pai, seu saldo não era o suficiente para que se alimentasse adequadamente, pois os livros necessários para estudo eram caros. Para complementar a sua renda fazia "bicos" como por exemplo corrigir provas até tarde da noite. Não era muito chegado aos livros. Seu método do estudo predileto era baseado na observação dos sintomas e queixas dos pacientes - preferia passar seu tempo clinicando, observando de forma singular cada paciente, levando em consideração a evolução dos sintomas que se apresentavam de forma diferente para cada um.
Aos 27 anos casou-se com Gwendoline Caiger, que faleceu quatro anos mais tarde, de difteria.
A medida que sua prática médica evoluia, tinha a impressão de que a medicina moderna era falha de alguma forma, pois observava que os medicamentos e as cirurgias agiam mais como paliativos do que como método de cura efetiva. O motivo, pensava ele, era que os estudantes de medicina aprendiam a se concentrar tanto na doença que ignoravam a personalidade do ser humano. Isto o entristecia tanto que o impulsionava a procurar novos métodos de cura até que se interessou pela área médica da Imunologia.
A medida que sua prática médica evoluia, tinha a impressão de que a medicina moderna era falha de alguma forma, pois observava que os medicamentos e as cirurgias agiam mais como paliativos do que como método de cura efetiva. O motivo, pensava ele, era que os estudantes de medicina aprendiam a se concentrar tanto na doença que ignoravam a personalidade do ser humano. Isto o entristecia tanto que o impulsionava a procurar novos métodos de cura até que se interessou pela área médica da Imunologia.
Depois de algum tempo tornou-se assistente do Departamento de Bacteriologia e Imunologia do University College Hospital em Londres. Ali percebeu a relação entre a presença de certos tipos de bactérias do intestino humano e as doenças crônicas. Pesquisou diversos tipos de bactérias para preparar vacinas. Os resultados obtidos foram além de sua expectativa, mas o método de injeção com o uso de seringa para inocular os pacientes o desagradava, pois causava reações dolorosas e sofrimento aos doentes. Com o intuito de minimizar esse sofrimento, começou a observar melhor os pacientes e notou que eles não precisariam ser inoculados em intervalos pré-determinados. O intervalo entre uma dose e outra da vacina passou a ser determinado pela evolução da doença em cada paciente, portanto muitos pacientes passaram a retornar somente após meses, ou até um ano depois da dose anterior. Ficou feliz porque cada vez menos injeções passaram a ser necessárias e houve a conseqüente diminuição das reações adversas.
Ainda no University College Hospital em Londres, ficou responsável por 400 leitos de traumatizados de guerra, mas nas horas de folga ia para o laboratório fazer suas pesquisas.
Trabalhou incansavelmente, até que, no mês de julho, aos seus 31 anos de idade, teve uma severa hemorragia e foi levado desacordado para hospital. Sua familia foi chamada para autorizar a cirurgia urgente de remoção de um tumor maligno no baço. Somente depois de acordar ficou ciente de sua situação de saúde e teve um prognóstico de 3 meses de vida.
Trabalhou incansavelmente, até que, no mês de julho, aos seus 31 anos de idade, teve uma severa hemorragia e foi levado desacordado para hospital. Sua familia foi chamada para autorizar a cirurgia urgente de remoção de um tumor maligno no baço. Somente depois de acordar ficou ciente de sua situação de saúde e teve um prognóstico de 3 meses de vida.
Sua recuperação no inicio foi muito difícil, pois sentia muitas dores e se torturava pensando no trabalho que tinha por completar. Graças à sua determinação, assim que pode ficar em pé, foi para o laboratório pôs-se a trabalhar incessantemente com intuito de fazer o máximo possível no pouco tempo que lhe restava. Mas o tempo passou, e ao cabo dos 3 meses sentia-se mais forte e com mais vitalidade do que antes da cirurgia, chegando a surpreender os seus colegas de profissão. Concluiu então, que seu propósito firme o fortalecera e motivara para a vida e assim continuou seu trabalho. As luzes de seu laboratório nunca se apagavam - ele precisava completar sua obra!
gripe espanhola durante a I Grande Guerra |
Havia uma pergunta que não lhe calava: “O que tornava uma pessoa susceptível a uma infecção? Por que tantos indivíduos se infectavam com a gripe e outros, no mesmo ambiente, saíam ilesos? Começou a concluir que o estado emocional exercia influência no prognóstico e o medo era um grande assassino. A homeopatia oferecia uma explicação mais plausível para estas questões.
Segundo a Nora Weeks: "muito cedo percebeu que a personalidade do individuo era mais importante do que seu corpo no tratamento de qualquer doença".
Segundo a Nora Weeks: "muito cedo percebeu que a personalidade do individuo era mais importante do que seu corpo no tratamento de qualquer doença".
Até a próxima!
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