6. O manuscrito CURA-TE A TI MESMO
Bach desenvolvia a sua teoria dos tipos e continuava procurando outros remédios. De Betws-y-Coed, em Gales, resolveu cruzar para a costa em Abersoch onde permaneceu nos meses de junho e julho de 1930. Continuava desenvolvendo o método solar, e entre suas caminhadas nos campos e passeios na praia, produzia quase que sempre ao ar livre, o manuscrito do livro que introduziria a nova medicina: “Cura-te a ti mesmo”.
Em seu livro, ele deixaria todo o resultado de suas observações sobre o ser humano explicando seus conceitos de saúde e doença, além dos princípios que regem o processo de recuperação da saúde. Explicava: “as doenças que atingem o corpo não tem causas no físico, mas em distúrbios de humor ou estados da mente que interferem na alegria, que é natural em qualquer pessoa.” Quando esses humores persistem, acabam levando a distúrbios no funcionamento dos órgãos e tecidos, resultando na instalação da doença, pois a mente está em controle absoluto das condições físicas e mentais de todo ser humano. À medida que a mente recupera a paz e a alegria normais, a pessoa também recupera o sábio e perfeito controle natural sobre o corpo, recuperando seu estado saudável e alegre. Os remédios florais teriam “o poder de elevar nossas vibrações e assim nos conceder um poder espiritual que limpa a mente e o corpo e cura a doença.”
Bach sabia ser o Homem “dotado de toda sabedoria e conhecimento necessários para guia-lo através da sua vida terrena com felicidade, alegria e saúde, sendo que essa sabedoria chega a ele através de sua intuição e instinto.”(Nora Weeks).
Segundo N.Weeks, Bach era totalmente guiado por intuição, até mesmo na sua vida pessoal. “Natural, espontâneo, não se deixava levar por circunstâncias ou por outras pessoas.”
Julian Barnard |
Julian Barnard em seu livro “Bach Flower Remedies – The Essence Within”,lança uma pergunta e em seguida a responde: “Como Dr.BACH fez suas descobertas ou como ele soube quais flores seriam a solução para cada estado emocional especificamente?” “Diante dessas questões muitas respostas diferentes podem ser dadas. Às vezes é como se algum anjo do bem ou outro ser desencarnado estivesse sussurrando ao seu ouvido dizendo o que ele devia procurar. E por que não? Isto se chama canalização e muitas pessoas têm essa experiência. Mas talvez Bach, apesar de sua prática em medicina não fosse um homem a favor da abordagem física médica. Então, uma vez mais as pessoas dirão: ele era um sensitivo que só precisava por as suas mãos sobre uma flor e sentiria exatamente quais seriam suas qualidades curativas. Bem, para os sensitivos essas coisas sem dúvida acontecem: é possível sentir a forte qualidade vibracional da planta e reconhecê-la, dar a ela atributos, formatos, palavras, e assim ocorria. “Mas Bach, cuja prática era a de um cientista trabalhou com base em observações científicas sobre suas suspeitas.” Ele era seu próprio laboratório.” (por Julian Barnard)
Dr.Bach continuava suas andanças, como uma forma de meditação com o objetivo de buscar as flores para seus novos remédios. Sua sensibilidade crescente lhe permitia perceber as vibrações emitidas por qualquer planta que quisesse testar e seu corpo reagia instantaneamente, pelo simples fato de segurar na mão uma pétala de flor. Experimentava as gotas de orvalho para descobrir o que elas tinham de curativo e sentia as reações, alguma leves, mas outras mais sérias como vômitos, febre, dores, erupções.
Quando seu manuscrito ficou pronto, Bach o levou a Londres com a intenção de encontrar algum editor para publicá-lo, mas nenhum quis assumir a responsabilidade pelo livro, pois suas ideais eram revolucionárias de mais. Estava praticamente falido a essa altura e não podia bancar a impressão. Ficou aborrecido, pois seu objetivo como sempre era divulgar suas descobertas o mais rápido possível para que as pessoas pudessem ser beneficiadas.
Cromer - Norfolk |
Sua sensibilidade tornava difícil a sua vida em Londres, pois o barulho e a agitação lhe exauriam a ponto dele adoecer. Importante lembrar que Bach via na alegria um indicador de uma vida em plenitude, sendo "a felicidade o resultado da obediência aos comandos da Alma – nosso Eu Superior que recebemos por intuição e instinto". Portanto, dizia, “A infelicidade atrai crueldade , ciúmes, baixo auto estima , instabilidade, ignorância, orgulho e ódio – causas das doenças- enquanto a felicidade atrai o oposto: doçura, força, coragem, firmeza , sabedoria , paz e amor”.
Assim, Bach deixou de lado o manuscrito e voltou para a paz do campo, na certeza de encontrar novos remédios e prepará-los pelo método solar de potencialização.
Em agosto de 1930 Bach tinha-se fixado na costa leste da Inglaterra, em Cromer, no condado de Norfolk, a beira mar, juntamente com a assistente Nora Weeks. Nessa etapa de seu trabalho estava concentrado na classificação dos humores. Por se tratar de um local de veraneio, em Cromer Bach teve a oportunidade de observar pessoas saudáveis (em contraste com aquelas que frequentavam seu consultório ou que ele havia tratado nos hospitais de guerra), e conseguiu obter muitos dados que confirmaram suas suspeitas. Neste local desenvolve a teoria dos tipos definindo com segurança seus 12 grupos.
Sempre que podia, voltava para Cromer.
Férias em Cromer |
Até a próxima !
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