Perdoar ao próximo
O
outro foco do ato de perdoar diz respeito ao perdão ao próximo. Deve-se exercitar o ato de perdoar o outro,
mesmo porque, encontrar um culpado não resolve o problema gerado pelo erro!
Entretanto,
observamos que as forças internas do
perdão estão muito pouco desenvolvidas dentro da alma do homem moderno. Cada
pessoa pode perdoar o que tem dentro de si para perdoar. Precisamos tornar vivo
dentro de nós o 5º pedido do Pai Nosso... “perdoai
as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”... E o
próprio Cristo nos ensinou: “perdoa
setenta vezes sete”. São lições difíceis de cultivar no dia a dia, mas que
são fundamentais para nossa evolução. “O
homem só é capaz de perdoar de verdade quando interrompe o fluxo de memória que
sustenta seu eu individual e permite
que a luz do seu Eu Superior brilhe
dentro do seu cotidiano”.
Podemos dizer que o verdadeiro perdão passa por três
etapas: a tolerância, o perdão e a
compaixão.
Tolerância
A tolerância é o perdão em pequena
escala que precisamos exercitar constantemente, desenvolvendo verdadeiro
interesse e compreensão pelo outro. Mas isso só é possível quando nossa atenção é dirigida
persistentemente às qualidades positivas do bem que vivem nele, ao mesmo tempo
que nos forçamos a minimizar a percepção de seus erros. É buscar e observar o bom, o belo, o lado positivo dos acontecimentos,
repetidamente, entre todas as coisas e refrear
o juízo crítico. É preciso compreender que cada pessoa dá o melhor de si e eu não tenho o direito de julgá-la.
Enfim, é preciso saber lidar com as qualidades e os defeitos de cada um, assim como
convivo com as minhas próprias qualidades e defeitos. Interessante
notar que é naturalmente mais fácil para as pessoas perceberem os erros do
outro e fazer-lhe críticas, do que perceber os acertos e valorizá-los com elogios.
Enquanto uma crítica pode derrubar uma pessoa, um elogio pode servir como instrumento de valorização, promovendo no
outro, uma autoestima elevada, com a qual ele poderá continuar produzindo e crescendo
para o beneficio próprio e do todo.
Beech
Nos tempos antigos, o filósofo e matemático
inglês Thomas Hobbes (1588-1679) disse: “o
intolerante é o homem, a intolerância é a guerra da humanidade”. Para que não haja essa “guerra” é necessário
desenvolver a capacidade de sermos mais tolerantes, indulgentes e compreensivos
com as diferenças de cada um e de todas as coisas. A essência floral que Dr.Bach desenvolveu para nos ajudar a desenvolver essa capacidade chama-se Beech. Já tivemos a oportunidde de postar um texto
sobre Beech, mas vamos destacar aqui alguns pontos da signatura
desta panta de cujas flores é extraída essa essência energética que promove a tolerãncia naqueles habituados a
criticar e apontar os erros do outro, mas que se esquecem de “olhar o próprio
rabo”, como diz o velho ditado.
Beech
é uma árvore majestosa, com folhas firmes, bem desenhadas, “perfeitas”, que se
entrecruzam bloqueando a entrada da luz no interior da planta. Fazem muita
sombra, ao ponto de tornar impossível o crecimento de outras plantas ao seu
redor. Este gesto deixa clara a sua
intolerância para com os outros que, a seu ver, não merecem um lugar ao sol ao seu lado. Mas Beech, apesar de sua aparente perfeição, se desenvolve em
solo pobre com raizes muito superficiais, que não conseguem sustentá-la adequadamente. Assim, com o passar do tempo, as belíssimas árvores simplesmente, caem inteiras!
Assim é uma
pessoa excessivamente crítica: por amar a beleza e a perfeição, não
consegue tolerar as imperfeições e as diferenças ao seu redor, acabando por esconder, até de si mesma, suas próprias imperfeições, desconectada da vitalidade e da diversidade da vida real. Perde, então a oportunidade de se
corrigir e melhorar a cada momento.
A pessoa se tem como modelo de perfeição exteriormente, critica o outro, mas na verdade,
teme perder seu próprio lugar ao sol, caso esse outro venha a se sobressair.
Porém,
Dr. Bach se encantou ao passear pela alameda de Beeches. Sentia-se como se
estivesse percorrendo o caminho do portal até o altar de uma grande catedral,
iluminado pelas folhas douradas das árvores durante o outono. Um caminho
de luz, a Luz do desenvolvimento
espiritual que se torna possível quando, aquele
que se ve mais capaz do que o outro, ensina-lhe o caminho com respeito, compaixão e
tolerância, atuando como um verdadeiro mestre, ajudando-o a crescer e a encontrar, também, sua própria Luz.
A seguir, vamos falar sobre Holly, a essência responsável pelo ato puro do perdão.
Até a próxima!
2 comentários:
Muito bom, parabéns pelo artigo!
Grato.
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